Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Filter by Categories
Cursos e Eventos
Divulgação Científica
Lançamentos Livros
Notícias
Sem categoria
Triagens para Projetos de Pesquisa

Adriana Kachani, do IPq, fala sobre  crenças em relação aos alimentos e hábitos alimentares, em matéria da Revista Veja Saúde. Confira !

Terrorismo nutricional: não seja a próxima vítima!
Crenças sobre alimentos e hábitos alimentares podem assombrar a gente no dia a dia, mas boa parte delas não tem nenhuma razão de ser
Por Adriana Kachani, nutricionista*

Se você já se pegou preocupado em comer glúten, lactose, ovo ou açúcar sem que houvesse uma razão médica para isso, então você foi atingido pelo terrorismo nutricional.

O termo é utilizado para descrever a propagação de mitos relacionados aos alimentos e à definição arbitrária do que deveria ser uma dieta adequada.

Este medo é embutido nas pessoas desde a infância, tornando o ato de comer um processo cheio de culpa e estresse, além de incentivar dietas restritivas que podem levar a transtornos alimentares como a como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.

A idéia do terrorismo nutricional partiu de outro conceito, chamado “nutricionismo”, contração de “reducionismo nutricional”. O termo foi  cunhado nos anos 2000 por Gyorgy Scrinis, pesquisador australiano.

Scrinis é autor do livro Nutricionismo (Editora Elefante – clique para comprar), traduzido para o português apenas em 2021, mas referência referência para estudiosos em nutrição do mundo todo desde antes disso.

Segundo Scrinis, o nutricionismo é um movimento que reduz o alimento à sua função nutricional, categorizando-o de maneira dicotômica como bom ou ruim, permitido ou proibido, mocinho ou vilão.

Desta maneira binária, o foco fica restrito a determinado componente, sem considerar sua interação com os nutrientes que ali estão e com o padrão alimentar do indivíduo.

Por exemplo, você já deve ter se deparado com anúncios de produtos com chamadas do tipo “baixo em calorias”, “rico em ômega 3” entre outras afirmações.

Bom, os rótulos categorizam o alimento sem levar em conta os outros itens presentes na refeição e os hábitos alimentares do indivíduo. Ou seja, o que ele come, quando come, por que come e com quem come. Não consideram também os fatores culturais que cercam a comida, bem como a representação social contida no consumo.

https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/terrorismo-nutricional-nao-seja-a-proxima-vitima/