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Trata-se de um ensaio clínico comparando a intervenção de Terapia Ocupacional, baseada no método Occupational Goal Intervention (OGI) para a reabilitação de funções executivas de pacientes com esquizofrenia. Funções executivas são processos cognitivos complexos responsáveis pela iniciativa, o planejamento, a flexibilidade cognitiva e a tomada de decisões, permitindo que a pessoa formule objetivos, para iniciar, tarefas do cotidiano de forma independente.

A esquizofrenia é uma das 25 principais causas de incapacidade em todo o mundo. Indivíduos que desenvolvem a doença apresentam prejuízos cognitivos relevantes ao longo vida. A combinação de tratamentos farmacológico e psicossocial é eficaz na melhora das dimensões psicopatológicas da esquizofrenia, porém a maioria dos pacientes apresenta importantes déficits cognitivos, principalmente em funções executivas com impacto na funcionalidade, impossibilitando uma vida independente. Considerando os prejuízos acarretados na vida cotidiana de pacientes com esquizofrenia, este estudo teve como objetivo testar a efetividade de um método inovador na área da Terapia Ocupacional realizado no Serviço de Terapia Ocupacional do IPq.

O método OGI mostrou-se eficaz na melhora das funções executivas relacionadas à capacidade de controle inibitório, planejamento, resolução de problemas e flexibilidade mental de pacientes com esquizofrenia resistente quando comparado ao placebo, melhora esta que foi mantida em 6 meses de seguimento em algumas tarefas.

Os benefícios deste estudo é possibilitar que pacientes com esquizofrenia  possam melhorar o seu funcionamento executivo e consequentemente o seu desempenho ocupacional em suas atividades cotidianas. O método OGI mostrou através dos seus resultados que os pacientes melhoraram sua funcionalidade. Visto sob esta perspectiva, a terapia ocupacional pode ser considerado um arsenal terapêutico efetivo e menos custoso para a sociedade.

Mais informações: e-mail: adriana.vizzotto@hc.fm.usp.br